Células Anormais De Leucemia

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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Doença de Addison- Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A doença de Addison, também conhecida como insuficiência adrenal crônica ou hipocortisolismo é uma rara doença endocrinológica. Foi descrita pela primeira vez pelo britânico Thomas Addison na sua publicação de 1855, On the Constitutional and Local Effects of Disease of the Suprarenal Capsules (Sobre os Efeitos Locais e Constitucionais das Doenças das Cápsulas Suprarrenais).
Estima-se que a doença ocorra em 1 ou 2 pessoas a cada 100.000, quando as glândulas adrenais, localizadas acima dos rins, não produzem hormônio cortisol e, algumas vezes, a aldosterona, em quantidade suficiente.
A doença de Addison refere-se especificamente à insuficiência adrenal primária, na qual há disfunção específica da glândula adrenal, excluindo a secundária, na qual a hipófise (glândula pituitária) não produz hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) suficiente para estimular adequadamente as glândulas adrenais.

Sinais e sintomas

Mais comuns

A doença de Addison progride lentamente, e os sintomas podem ser discretos ou ausentes até que ocorra uma situação de stress. Os sintomas mais comuns são:
  • Fadiga crônica com piora progressiva
  • Tontura, vertigem, dificuldade em ficar de pé
  • Fraqueza muscular
  • Artralgia e mialgia
  • Febre
  • Anorexia
  • Perda de peso
  • Náusea e vômitos
  • Diarréia
  • Sudorese
  • Hipotensão que piora ao se levantar (hipotensão ortostática)
  • Dor de cabeça
  • Irritação nos olhos
  • Depressão, ansiedade e mudanças de humor
  • Hipoglicemia (mais severa em crianças)
  • Nas mulheres, o ciclo menstrual torna-se irregular ou ausente
  • Tetania (particularmente após tomar leite) devido ao excesso de fosfato
  • Adormecimento das extremidades, algumas vezes com paralisia dos mesmos, devido ao excesso de potássio
  • Eosinofilia
  • Poliúria
  • Avidez por sal ou alimentos salgados, em razão da perda de sódio através da urina
  • Déficit de atenção, confusão mental.
  • Hiperpigmentação cutânea (ocasionada pela elevação das concentrações plasmáticas de ACTH, que apresenta afinidade pelo receptor MC1 na pele) nas áreas expostas ao sol, com escurecimento da pele (melasma suprarrenal) nos pontos de fricção, dobras cutâneas, linhas das palmas das mãos, genitália, cicatrizes recentes e em torno dos lábios.
  •  Crise addisoniana
  • Uma situação de stress, outra doença ou acidente pode agravar a insuficiência adrenal e causar uma crise addisoniana. No entanto, a causa mais comum é a interrupção abrupta do uso de corticosteróide exógeno. Os sintomas podem incluir:
    • Coloração marrom na língua e dentes devido ao acúmulo de ferro por hemólise
    • Dor súbita e penetrante nas pernas, região lombar ou abdome
    • Vômitos e diarréia severos, resultando em desidratação
    • Hipotensão que pode ser severa, levando a choque hemodinâmico
    • Coma
    • Hipoglicemia
    • Perda de memória
    • A fraqueza progride até que o paciente se sinta continuamente fatigado, necessitando de repouso ao leito.
    • Sua voz pode falhar, de modo que a fala se torna finalmente inaudível e indistinta.
    • Se não tratada rapidamente, uma crise addisoniana pode ser fatal. É uma emergência médica.

      Diagnóstico

    • Em casos suspeitos de doença de Addison, é necessário demonstrar que o nível sanguíneo dos hormônios adrenais está baixo (geralmente medidos às 08:00, quando o seu nível é maior devido ao ciclo circadiano) e o nível de ACTH está elevado (refletindo que há estímulo da glândula hipofisária para a adrenal, mas que esse não produz hormônios suficientes). Além disso, pode-se dosar o nível dos hormônios adrenais, que permanecerão baixos após o estímulo da glândula com hormônio hipofisário sintético.
      Além do diagnóstico da insuficiência adrenal, é necessário investigar a sua causa. A doença auto-imune pode ser investigada com a pesquisa de anticorpos para 21-hidroxilase. Se negativos, são necessários exames específicos para cada suspeita, incluindo exames de imagem da glândula adrenal. Como no Brasil a tuberculose, é uma das principais causas, muitos casos aonde a investigação não encontra uma etiologia são tratados como tuberculose.
      Os números em que é classificado, no CID-10, a Insuficiência Adrenocortical Primária é E27.1, a Crise Addisoniana é E27.2 e Insuficiência adrenocortical induzida por drogas é E27.3,

    • Etiologia (causa)

    • Em países desenvolvidos, estima-se que 80 a 90% dos casos de doença de Addison sejam causados por auto-anticorpos dirigidos às células adrenais contendo 21-hidroxilase, uma enzima envolvida na produção de cortisol e aldosterona. No Brasil, é responsável por cerca de 50% dos casos (não há uma estatística brasileira apropriada).
      O restante dos casos são devidos a tuberculose, HIV, sarcoidose, amiloidose, hemocromatose, câncer metastático para as glândulas adrenais, hemorragia adrenal, síndrome de Waterhouse-Friderichsen (hemorragia maciça, geralmente bilateral, das adrenais causada por meningococcemia fulminante) e hiperplasia adrenal congênita.
      A doença de Addison pode ser uma manifestação de uma síndrome poliendócrina autoimune quando há outras reações autoimunes contra outros órgãos. Assim, pode estar associada a hipotireoidismo, diabetes mellitus tipo 1, vitiligo, alopécia e doença celíaca.

       Tratamento

    • O tratamento envolve a reposição do cortisol e, se necessário, de fluoridrocortisona para reposição de aldosterona, além do tratamento da causa de base, que em alguns casos pode reverter a insuficiência adrenal.

       

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